quarta-feira, 14 de maio de 2014

Viajando pelos Bálcãs: Sofia, Bulgária

Saímos de Istambul em uma viagem cansativa de trem, com paradas longas para imigração, e depois de muitas horas chegamos a Sofia, capital Búlgara, localizada na região dos Bálcãs, local que até recentemente estava na mídia pelos constantes conflitos.

Confesso que, apesar de ter estudado sobre a região quando mais novo, pouco me lembrava sobre os motivos do que ocorreu por aqui, e mais uma vez a oportunidade de estar "in loco" me permitiu relembrar e aprender mais sobre a história desta região.

Quase toda a região do Bálcãs, antes da Primeira Guerra Mundial, estava dominada ao norte de Belgrado, na atual Sérvia, pelo império Áustro-Húngaro, e ao sul de Belgrado pelo Império Otomano, o que incluia a Bulgária.

Império Otomano

O país se tornou independente do Império Otomano em 1908. Lutou na guerra dos Bálcãs em 1912 e 1913, contra outros países da região, pela posse de territórios remanescentes doImpério  Otomano. Depois se aliou em ambas as guerras mundiais aos alemães, acabando a segunda guerra sobre influencia soviética, com um regime comunista que durou até 1990.

A capital Sófia, uma das mais antigas capitais do continente europeu, foi intensamente bombardeada durante a segunda guerra, porém o que se vê hoje e uma cidade de médio porte, bem tranquila, e relativamente organizada.

O frio fez com que ficassemos por pouco tempo em Sófia, onde passeamos por parques, e apreciamos a bela arquitetura da cidade. O grande destaque da cidade é a Cathedral Alexandre Nevsky, muito bonita e grandiosa.

Catedral de Alexandre Nevsky
A bela arquitetura de Sofia

Eu e meu parceiro Daniel, curtindo o tempo na Bulgária

A impressão que ficamos da Bulgária foi de um povo, especialmente jovens, desanimados com a situação do país, sem grandes ambições, especialmente pelo sentimento de que o comunismo ainda controla a região. Os búlgaros se orgulham ao falar das belezas no interior do país, tanto históricas como naturais, porém sentem dificuldades em vender seu "peixe", devido a concorrência do turismo nos países vizinhos.

Seguimos de Sófia para a capital da Sérvia, Belgrado, onde por muitos anos existiu o extinto estado da Iugoslávia, região de diversos conflitos recentes.

2 comentários:

  1. Bacana o relato sobre suas impressões em Sófia. Tive esse mesmo sentimento quando estive pela primeira vez em Praga (já se vão 30 anos!), no meu famigerado tour por 16 países (45 dias). Isso foi ainda durante o regime comunista e a noção de contato com o mundo exterior ainda não havia se desenvolvido. Depois voltei duas vezes e percebi que as pessoas estavam mais alegres, talvez em função da abertura ao turismo e ao exercício da liberdade em geral. Talvez, como você menciona no post, a Bulgária ainda não tenha conseguido fazer essa transição plenamente, em decorrência da concorrência de países vizinhos naturalmente mais atraentes como a Croácia, Turquia e Grécia. Mas não se deve tirar deles o mérito de ser o único país da região dita "comunista" que fez a transição para o mundo liberal-democrático sem derramar uma única gota de sangue.

    Sobre os búlgaros, uma curiosidade que não sei se foi capturada por você, mas eles têm o hábito de balançar a cabeça para cima e para baixo quando querem dizer não e para os lados para dizer sim! Devem ser de Minas Gerais e gostam mesmo é de ficar em cima do muro!

    Forte abraço e até o próximo post sobre Belgrado. Abraços ao Dani

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  2. Bom Praga quando estive no comeco da viagem a impressao ja foi outra, pois ja esta totalmente voltada para o turismo e o quadro e mais animador do que dos Bulgaros. De qualquer forma toda essa regiao e marcada por esse sentimento pos comunismo.

    Nao reparei este habito, acho que atualmente ja que todos falam ingles ja nao se percebe tanto. Algo similar era na india onde balancavam a cabeca de lado para dizer sim!

    Vamos em frente. Abracos

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