Quênia

Passar pelo Quênia não fazia inicialmente parte dos meus planos. Porém mudei de idéia ao saber que duas grandes amigas estavam morando em Nairobi.

Antes disso, saí de Zanzibar, em uma longa jornada que incluiu duas minivans, um ônibus, e dois ferrys, em um total de 27 horas, até chegar a cidade litorânea de Mombasa. Assim como na Tanzânia, Mombasa é composta em sua maioria por muçulmanos (diferentemente do resto do país, cristão) e usa o Swahili como língua local.

Longo e árduo caminho até  Mombasa

Mombasa é uma cidade de médio porte, situada em uma ilha. Passei apenas uma noite por lá e segui para a praia de Nyali onde, assim como em Zanzibar, passei meus dias curtindo a beleza das praias, o sossego da piscina do Mombasa Backpackers, e as mega festas, estilo européias cheias de ricos quenianos, já que a região está repleta de luxuosas casas e resorts.

                  Mombasa

Após Mombasa, mais uma longa jornada de ônibus até a capital Nairobi, considerada uma das cidades mais violentas da África. Nairobi passa por um momento difícil, marcado pela violência que afasta as pessoas da rua durante a noite. Isto também foi acentuado nas últimas semanas devido a um atentado terrorista do grupo al-Shabaab, ligado ao famoso grupo terrorista al-Quaeda. 

O al-Shabaab é um grupo radical islâmico com base na Somália, um dos países (se não for o mais) mais caóticos do mundo. O que conhecemos como Somália, desde 1991 vem sofrendo com intensa guerra civil, terrorismo, e pirataria.

O país hoje está praticamente dividido em três: Somália, Puntland e Somaliland.

Há algum tempo assisti um ótimo documentário no Brasil sobre a situação da Somaliland. A região tenta se organizar de forma democrática, porém sofre com ataques terroristas, enquanto a ONU vira as costas para o problema dizendo que é responsabilidade da África  resolver, e os paises africanos ignoram, para evitar movimentos separatistas em seus respectivos países.

Voltando ao Quênia, o al-Shabaab tem realizado atentados em solo queniano em resposta a decisão do país de enviar tropas para a Somália, após sofrer pressão das nações unidas.

Com isto, aliado ao fato que em Nairobi vivem duas grandes amigas, a Júlia amiga de velhos tempos, e a Bianca, argentina que passou uma temporada em minha casa e tenho como uma grande hermana, decidi passar meus poucos dias em Nairobi no conforto de sua casa, lendo, estudando, e curtindo a ótima companhia delas e dos companheiros de casa Andy e Rodrigo. Além do conforto de me sentir em "casa", fui paparicado pelas minhas amigas, e depois de muito tempo degustei um ótimo Strogonoff!

Aproveitando a hospitalidade e companhia de minhas amigas Júlia e Bianca

Sai de Nairobi muito feliz pelo reencontro, já que as duas, aventureiras como eu, também andaram pelo mundo e há algum tempo não as via!

Continuo meu caminho rumo a última parada no continente africano! O próximo destino é a Etiópia, o mais africano do países, terra do reggea, terra de Rastafari e terra de Lucy, nossa mais velha antepassada! Vamos em frente!