sábado, 14 de setembro de 2013

Jordânia

Passado a primeira fase européia da viagem, finalmente começou o que eu tanto esperei nesta viagem: chegar pela primeira vez no continente asiático e em especial no Oriente Médio, tão famosa para a história de diversas religiões e pelos seus intermináveis conflitos.

A Jordânia é o primeiro país Muçulmano que visito e apesar de já ter conhecido pessoas daqui não sabia o que esperar. Meu principal motivo de incluir este país era visitar as ruínas de Petra uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Chegando aqui resolvi correr atrás de uma casa em Amman, capital do país com alguns amigos da ONG Cisv do qual faço parte. Uma grande amiga minha, Julia, então me apresentou via Facebook um amigo chamado Firas, que prontamente me abrigou em sua casa.

Sem dúvida essa experiência foi essencial para o tanto que estou gostando deste país. Firas me levou em alguns pontos da cidade, muito diferente do Brasil, em especial a Citadel antiga construção romano, que achei muito bacana.
Mas o que me encantou neste local foi a forma como as pessoas me receberam, sempre com festividade lembrando um pouco o nosso jeito brasileiro. Sem falar da comida da melhor qualidade, e das lindas mulheres!
Tive então uma grande oportunidade de entender um pouco da história deste local e ouvir o outro lado da moeda, já que conheço bem a história contada pelos israelenses, pelos amigos que tenho lá.

Firas me explicou que grande parte da população da Jordânia é Palestina. E a população daqui não tem nada contra o povo Judeu, mas sim com a criação do estado israelense, pela forma como ela foi feita. Apesar disto a Jordânia tem um tratado de paz com Israel e o pessoal daqui não vê a guerra como solução para os problemas. Mas senti que existe nele esse sentimento de querer de volta o que era deles. É comum ver nas lojas cartazes pedindo o suposto Apartheid realizado por Israel contra os palestinos, reduzindo sua área, e murando a passagem criando um aglomerado de pessoas, fora as restrições impostas aos árabes na velha Jerusalém. A situação sem duvida é muito complicada, mas não impede de vir para cá, pois ninguém muda seu dia a dia por causa disto. Bom, mas uma dica que ele me deu e vale para quem vier para estes lados, é de que caso você vá a Israel, deve dizer que está indo a Palestina, pois isso fará as pessoas serem mais simpáticas com você!

Passado este bom tempo em Amman segui viagem rumo ao meu objetivo Petra! No ônibus para cá me surpreendi com vários sulamericanos! Um casal de brasileiros, um peruano e um chileno. Isto foi bom para entrosar com a gringaiada e me ajudou a arrumar duas pessoas para dividir um quarto já que aqui é tudo muito caro, um inglês e um guatemalteco! O dinar hoje vale mais do que o Euro, ou seja é uma facada atras da outra! 
Voltando a Petra o lugar faz juz a fama! Simplesmente maravilhoso, e enorme! Mas para vir aqui tem que estar disposto a andar! O passeio todo é entorno de 8km só que no meio do deserto e com o sol rachando a cabeça! Tem opção de conhecer de burro, cavalo ou camelo! Mas preferir usar as pernas mesmo! Este lugar é imperdível!

Aqui estamos hospedado no Cleopatra Hotel, seguindo sugestão deste inglês! Considerando que as opções aqui são precárias, o hotel tem um bom custo benefício. 13 Dinars para um quarto triplo com café, banheiro privativo e ar! Sempre tem aquela pegadinha do banho ser frio e etc, mas para o calor que faz aqui esta valendo demais!

Amanhã vou para o deserto de Wadi Rum, conhecer alguns pontos de 4x4 e passar a noite na companhia dos beduínos que ali vivem! Estou muito empolgado com esta experiência! Daqui dois dias cruzo a fronteira para Israel ou Palestina! Como preferirem!






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