sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Filipinas - Descansando na beleza de Boracay

Quando embarquei para as Filipinas tinha planejado ir para as Ilhas de Boracay e Palawan.
A primeira é o local mais famoso do país, famosa pela beleza do mar e pelas festas. A segunda é um pouco mais calma e voltada para quem faz mergulho.

Bom meus planos mudaram bastante, pois o Charles, que já conhecia do Brasil, e encontrei anteriormente na Tailândia decidiu se juntar a mim na viagem para as Filipinas, e acabamos decidindo ficar todo o tempo em Boracay. Acabou sendo tempo demais, uma semana seria suficiente, mas por outro lado, depois de 6 meses viajando, foi bom pois estava precisando de uma praia onde poderia largar minhas coisas por um tempo, sem ter que fazer mala todos os dias.

Quanto as atividades no local se resumem a três: Praia, Mergulho e Kite Surf.

Eu e o Charles nos dividimos. Eu revezei meus dias entre a praia e o mergulho, já o Charles, apesar de também ter feito alguns mergulhos, ficou mais por conta de praia e Kite Surf.

Bom acho que as fotos de Boracay resumem bem o quanto é bonito este lugar, e sai de lá feliz por ter finalmente feito o curso de mergulho que sempre tive vontade.















sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Myanmar ou Birmânia, uma verdadeira metamorfose ambulante! - Parte 2

Saindo de Mandalay, segui para Bagan, o destino mais famoso do país, que faz juz a esta fama.

A zona arqueológica de Bagan chegou a abrigar 4000 construções budistas, como templos e pagodas. Infelizmente com o tempo, diversos terremotos e outros desastres atingiram a região, e destruíram parte destas ruínas. Entretanto mais de mil ainda estão lá, e tornam este lugar fascinante. 

                           Bagan

De Bagan fui para Kalaw. A idéia era fazer um Trekking de 3 dias até Inle Lake, passando por diversas tribos da região que desconhecem a língua birmanesa, e tem costumes diferentes.

O Treeking foi bastante cansativo, com dois dias puxados, mas que valeram pela beleza do local, pelos dias de muita simplicidade dormindo e comendo com as famílias da região, e pela companhia agradável de uma turma de mochileiros que conheci por lá. 

Finalizei o Trekking no Inle Lake, aonde ainda fiquei por uns dias descansando e aproveitando o local.


Para finalizar minha passagem pelo Myanmar ainda tive rápida passagem pela maior cidade Yangon, e a pequena cidade de Hpa-An.

De Hpa-An parti para um dia histórico na viagem. Atravessei por terra a fronteira com a Tailândia, algo proibido até agosto de 2013. Para chegar até lá o caminho foi longo e lento! Mas valeu pela experiência de ver as portas desse país único, e com um povo que dá show em simpatia, se abrindo para o mundo. 
                     Yangon
                     Hpa-An

Da fronteira até Bangkok, ainda tive tempo para mais uma aventura. Cheguei uma da tarde em Mae Sot, já do lado Tailandes, e os ônibus para Bangkok só saiam a noite. Resolvi então seguir os conselhos de um inglês que conheci em Hpa-An.

Este Inglês já viaja há 9 anos pelo mundo, de bicicleta e morando em uma barraca. Das inúmeras histórias que me contou, me disse que na Tailandia era super fácil pedir carona, e também seguro. Resolvi arriscar. Foram 5 caronas de caminhonete e uma de caminhão até conseguir chegar a capital Tailandesa. A maior parte do trajeto foi no caminhão, cujo o simpático motorista não falava inglês, porém me ajudou bastante, inclusive bancando toda minha alimentação pelo caminho. Mais uma dessas experiências que guardarei em minha memória!


Agora já estou na ilha de Boracay, nas Filipinas. Em breve trarei relatos desta linda ilha.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Myanmar ou Birmânia, uma verdadeira metamorfose ambulante! - Parte 1

Desembarquei no Myanmar no dia 21 de janeiro. Assim como quase todos que vem para cá, cheguei me perguntado o que estava escondido neste país, nas ultimas décadas, e que agora atrai tantos turistas?

Bom antes de saber as belezas guardadas por aqui é preciso entender um pouco da história local.

A "Republic of the Union of Myanmar", nome reconhecido desde 2011 pelas nações unidas, era antigamente conhecida como Birmânia. A mudança do nome se deve ao fato do termo Bimanês se referir a uma parte do povo conhecida como Bamar, maioria por aqui, mas que não inclui toda a população. Porém de maneira geral ainda chama-se o povo de birmaneses.

A cultura e religião local seguem o Budismo, conhecido como Budismo Theravada, originário do Sri Lanka, o qual acredita que para se obter o estado de Nirvana são necessários diversas reincarnações, diferentemente do Budismo Tibetano, conhecido como Budismo Mahayana. A religião é sem dúvida uma das coisas mais impressionantes deste país! As pagodas (stupas) e templos colorem este país de norte a sul.

Após a segunda guerra mundial, em 1938, a Birmânia conseguiu sua independência do domínio britânico, eclodindo a guerra civil deste país, por partes das minorias que lutava contra o governo que se instalava.

Em 1962 seguido pela onda comunista na Ásia que se espalhou por Rússia, China, Vietnam, Laos, Camboja, entre outros, a Birmânia foi assumida pelo General Ne Win, dando início a uma das mais longas ditaduras no mundo. 

Este Governo aplicou reformas no país, marcada por muito sangue e consequentemente levando o país a se isolar do mundo. 

Após diversas sanções internacionais, e protestos no país, finalmente em 2010 o país realizou eleições populares, porém os representantes eleitos "escolheram" o General e ex-primeiro ministro Thein Sein para voltar ao poder, o que foi considerado uma farsa pelas Nações Unidas.

De qualquer forma, de lá para cá promessas foram feitas e o país vem se abrindo e modernizando de forma assustadora como pude constatar por aqui.

Minha primeira parada no Myanmar foi em Mandalay, a segunda maior cidade do país, que já me mostrou um pouco do que a abertura do país vem alterando neste lugar. Antes de vir, conversei com alguns amigos mochileiros que não a muito estiveram por aqui, e reparei que algumas coisas haviam mudado neste pouco espaço de tempo. Um número razoável de caixas eletrônicos estavam espalhados pela cidade, redes wifi espalhadas por todos os lados, apesar de péssima a qualidade, e ainda carros novos em meio as carangas velhas, gerando um fato curioso já que os carros antigos são feitos para a "mão inglesa", enquanto os novos são na mão tradicional que usamos no Brasil, já que o governo mudou o sentido do trânsito para marcar de forma completa o desligamento do período britânico.
Mais para frente também fui notando uma enorme frota de novos ônibus para turistas, também com incentivo do governo que quer passar este ar de modernidade para o resto do mundo.

Contrastes entre a modernidade que chega, e o lado tradicional e ainda muito pobre do Myanmar

Em Mandalay fiz dois passeios interessantes, ambos de Bicicleta. No primeiro dia fui a Mahamuni Paya, que guarda uma imagem em Ouro de Buddha, de 4m e que é extremamente venerada pelos locais. O segundo foi o Mandalay Hill que abriga diversas pagodas no caminho até seu topo.

      Mahamuni Paya e arredores
                Mandalay Hill
No segundo dia parti para uma pedala mais pesada. Fui de barco até um vilarejo chamado Mingun, que abriga a ruína de uma Stupa que nunca foi terminada e que deveria ter 150 m, porém foi destruída por um terremoto. De lá foram 40 km de pedal passando por Sagaing e Amarapura, onde está a U-Bein's Brigde,  com 1,2 km, toda em madeira, um ótimo local para o pôr-do-sol.

                     Mingun
                     Sagaing