quarta-feira, 23 de abril de 2014

Hakuna Matata! Tanzânia

Deixei Bangkok em direção ao aeroporto de Kilimanjaro na Tanzânia, fazendo escala na cidade de Adis Ababa na Etiópia.

Ao desembarcar parecia que estava na Bahia, pois a semelhança da vegetação, do povo e da comida é enorme!

Fui recebido pelo dono do hostel The Greenhouse, um nativo chamado Benson, que além do hostel desenvolve um trabalho bacana de sustentabilidade das comunidades locais com o meio em que vivem. Para conhecer um pouco mais do trabalho entrem em: http://www.greenlivingplanet.org .
Para os que buscam uma oportunidade de ser voluntário no exterior está pode ser uma boa oportunidade.

Ao desembarcar em Kilimanjaro pude ver apenas de longe um dos meu desejos na África, subir o monte Kilimanjaro, o mais alto do continente, que desta vez acabou saindo dos planos devido ao pouco tempo, dinheiro e principalmente por não ser a melhor época para a subida devido as chuvas e frio.

Ao fundo, encoberto pela neblina, o Monte Kilimanjaro

Segui então para Arusha onde pernoitei e no outro dia embarquei para uma experiência incrível em um Safari na África.

Foram dois dias de Safari pelos famosos parques de Ngorongoro e Serengeti.

Ngorongoro é uma enorme cratera onde vimos a maior parte dos animais, já Serengeti ficou marcado pela bela paisagem e as girafas que não havíamos visto na cratera, já que as mesmas não conseguem descer o morro devido aos enormes pescoços. Ambos são fantásticos e valem a pena, mas é importante checar a época da visita, já que os animais migram de um parque para outro (dentre os vários que existem na região), inclusive para o Quênia. Esta época entre março e maio é excelente para quem deseja fazer Safari na Tanzânia, já que devido ao período de chuva, os animais migram para esta região. Além disto, é possível ver no parque as vilas e o povo Masai, tribo típica da região.









NGORONGORO PARQUE

POVO MASAI

VILA MASAI


Fim de tarde no caminho entre os parques de Ngorongoro e Serengueti

Acampamento Noturno




SERENGETI PARQUE

Ainda tive tempo de curtir um pouco de música reggea, ir aos bares locais com meu amigo Benson, e curtir a Premier League (liga inglesa) e a Liga dos Campeões, ambas as quais os africanos são fanáticos!



Curtindo o tempo em Arusha

De Arusha segui em um pequeno vôo para a ilha de Zanzibar, majoritariamente mulçumana (assim como o resto da Tanzânia) e onde ecoa a todo tempo o desejo de independência do país, por parte da comunidade local.

Se em Arusha já pensava estar na Bahia, quando cheguei em Zanzibar tive certeza. A ilha é extremamente parecida com o litoral baiano em vários aspectos, o que foi muito agradável pelo fato de me sentir em "casa".

Comecei visitando o vilarejo de Paje, que estava vazio devido a baixa temporada. Dividi meu tempo entre a bela praia, e as noites no bar do Sr. Kokonate, um velho senhor bom de papo, e extremamente inteligente, que entre um e outro copo de Conhaque, me contou um pouco de sua vida e dos costumes locais desde sua época de adolescente, sem dúvidas dias de muito aprendizado, e um grande amigo que ficou pelo caminho.


Pequeno avião entre Arusha e Zanzibar

Conforto do Hostel em Paje





Aproveitando a tranquilidade de Paje

Sr. Kokonate

Encerrando minha passagem pela Tanzânia fiquei mais alguns dias no norte da ilha, em Nungwi, onde fui com um casal dinamarquês. Assim como Paje relaxamos na praia e curtimos algumas festas locais. Aproveitei também para fazer dois mergulhos na região com direito a vários peixes e algumas enormes tartarugas!






Nungwi

A primeira experiência na África foi sensacional. A Tanzânia é um país bonito e acolhedor. O continente como esperava é mais complicado para viajar que a Ásia, e requer mais atenção, mas nada que impeça bons dias por aqui! Ao citar que era brasileiro sempre ganhava o carisma local, e ouvia de volta: "Na copa vou torcer pelo Brasil!"

Sigo rumo ao Quênia para uma rápida passagem e em seguida para Etiópia, onde termina minha passagem pelo continente africano!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Relax no Laos!

Seguindo do Vietnã para o Laos, peguei um ônibus de Hanói até Lao Cai, para reencontrar uma das grandes figuras que conheci nesta viagem.

Meu amigo português Luís, que conheci no Nepal, está viajando a mais de um ano pelo mundo. Seu objetivo é bem mais árduo do que o meu. O plano do portuga, que já tentou outras vezes rodar o mundo, e acabou, por motivos diversos, não completando, é dar a volta ao mundo sem pegar nenhum avião.  Fiquei com muita inveja de sua história. Simplesmente sensacional! Luís me contou que saiu de Portugal e cruzou a Europa rapidamente, chegando a Túrquia e daí seguindo de forma mais lenta, passando por Irã, Paquistão, Índia, Nepal, voltou a Índia, e de lá foi de barco até as ilhas Andaman que pertencem também a Índia, chegando finalmente no Sudeste Asiático. Daqui ele pretende seguir para a Áustralia e Nova Zelândia, de onde tentará seguir de barco pelas ilhas do pacífico, até a Ámerica Central ou do Sul, e então, também de navio, regressar a Portugal! Uma jornada maravilhosa e sem dúvida desafiadora! Sorte a este meu amigo! Um dia farei o mesmo, mas enquanto isto voltemos para o Laos!

Luis com a mulecada em Muang Ngoi

De Lao Cai fomos até a fronteira do Vietnã com o Laos em Dien Bien Phu. Foi uma longa jornada de ônibus, que mais parecia um puleiro. Atravessamos a fronteira sem maiores problemas e tiramos o visto lá mesmo. De Dien Bien Phu ainda encaramos mais um ônibus e tivemos que dormir em Muang Khua, um pacato vilarejo do Laos.


Longa jornada de ônibus do Vietnã até o Laos

Muang Khua

No outro dia cedo seguimos ao primeiro destino que desejávamos, Muang Ngoi, uma minúscula vila no meio das montanhas do Laos, um dos lugares mais calmos e bonitos que estive. Foram 4 horas de barco para chegar lá, num cenário de filme.



Viajando pelos rios do Laos, uma das formas mais baratas, seguras e divertidas de se locomover

Na maior parte do tempo que estivemos em Muang Ngoi fizemos o que se melhor faz no Laos: NADA!

É incrível como é parado este país, tudo é sempre tranquilo. Os nativos não se importam muito com a
presença de turistas, como no restante do Sudeste Asiático, porém deixam claro ao chegar que não querem suas crianças influenciadas pelo "estilo" ocidental! O tempo passa devagar quase parando, e sempre tem uma boa rede para dar uma descansada! O vilarejo é bem simples, com apenas três ruas, sem carros, apenas algumas motos e bicicletas, um pequeno templo e alguns restaurantes. Pequenos hotéis com bangalôs e vista para o rio recebem os turistas, criando um ambiente perfeito para relaxar.

Além disto, tiramos algumas tardes para passear pelo rio de Kayak e Tubing (descer de bóia pelo rio).

A regra é clara em Muang Ngoi!




Todo conforto e beleza de Muang Ngoi



Passeio de Kayak em Muang Ngoi

Descendo o rio em Muang Ngoi de bóia

De Muang Ngoi mais um barco e um ônibus para Luang Prabang. Sendo a segunda maior cidade do Laos, e a mais turística  do país, me surpreendi com a tranquilidade da cidade, que não é tão  grande assim (um pouco mais de 60 mil habitantes). Diferentemente dos países vizinhos, poucas pessoas te abordam na rua, nos mercados você olha o que quer sem ninguém te pressionando. Incrível.

Demos algumas voltas por Luang Prabang e seus templos, conhecemos vários brasileiros por lá, visitamos a linda cachoeira de Kuang Si, relaxamos a beira do Rio Mekong, e tomamos boas cervejas no bar Utopia, que está sempre cheio de estrangeiros, mas tudo no estilo Laos, calmo e sempre acabando cedo.



Passeando pelos Templos e Pagodas de Luang Prabang


 Indo de Motoca para a cachoeira de Kuang Si








 Cachoeira de Kuang Si

 Por do Sol as margens do Rio Mekong

Em Luang Prabang me separei do Luís, que ficou por lá mais um dias e fui para Vang Vieng. Esta pequena cidade, que assim como Muang Ngoi está em um belo cenário entre rios e montanhas, tornou-se famosa para mochileiros a alguns anos pelos Tubings. Infelizmente a coisa saiu do controle, e o passeio calmo se transformou em bebedeira pelos bares no caminho, levando inclusive a morte de alguns jovens. Hoje já mais sobre controle e vigiada de perto pelo governo, Vang Vieng ainda reune diversos mochileiros, festas e belas paisagens para conhecer. Foram dias agradáveis nesta cidade, conhecendo mochileiros de todas as partes do mundo.



Blue Lagoon em Vang Vieng

Infelizmente nao tive tempo de conhecer o sul do Laos. Vim para Bangkok resolver algumas pendências que tinha e no domingo embarco para mais um novo desafio, o ultimo dos cinco continentes que me resta: África! 

No próximo mês seguirei por Tânzania, Quênia e Etiópia. Estou muito empolgado com esta nova fase da viagem, que será diferente de tudo que vi até agora.

Por outro lado, após quase sete meses na Ásia, deixo este continente maravilhoso para trás, levando sobretudo muitas histórias e conhecimento, do que para mim é o continente mais fascinante de todos! Para a Ásia, deixo meu até logo! Aos brasileiros que acompanham este blog fica meu incentivo de virem conhecer quando possível, uma experiência que abre muito nossos horizontes, e principalmente acaba com preconceitos tolos, que nós temos (e não deveriamos ter, ja que não vivemos uma realidade muito diferente), diante de um continente que tem sim muita pobreza, mas que compensa isto tudo com muita história, cultura e simpatia.

Voltarei com meu próximo post já em solo africano! Fui!