Ao desembarcar parecia que estava na Bahia, pois a semelhança da vegetação, do povo e da comida é enorme!
Fui recebido pelo dono do hostel The Greenhouse, um nativo chamado Benson, que além do hostel desenvolve um trabalho bacana de sustentabilidade das comunidades locais com o meio em que vivem. Para conhecer um pouco mais do trabalho entrem em: http://www.greenlivingplanet.org .
Para os que buscam uma oportunidade de ser voluntário no exterior está pode ser uma boa oportunidade.
Ao desembarcar em Kilimanjaro pude ver apenas de longe um dos meu desejos na África, subir o monte Kilimanjaro, o mais alto do continente, que desta vez acabou saindo dos planos devido ao pouco tempo, dinheiro e principalmente por não ser a melhor época para a subida devido as chuvas e frio.
Ao fundo, encoberto pela neblina, o Monte Kilimanjaro
Segui então para Arusha onde pernoitei e no outro dia embarquei para uma experiência incrível em um Safari na África.
Foram dois dias de Safari pelos famosos parques de Ngorongoro e Serengeti.
Ngorongoro é uma enorme cratera onde vimos a maior parte dos animais, já Serengeti ficou marcado pela bela paisagem e as girafas que não havíamos visto na cratera, já que as mesmas não conseguem descer o morro devido aos enormes pescoços. Ambos são fantásticos e valem a pena, mas é importante checar a época da visita, já que os animais migram de um parque para outro (dentre os vários que existem na região), inclusive para o Quênia. Esta época entre março e maio é excelente para quem deseja fazer Safari na Tanzânia, já que devido ao período de chuva, os animais migram para esta região. Além disto, é possível ver no parque as vilas e o povo Masai, tribo típica da região.
NGORONGORO PARQUE
POVO MASAI
VILA MASAI
Fim de tarde no caminho entre os parques de Ngorongoro e Serengueti
Acampamento Noturno
SERENGETI PARQUE
Ainda tive tempo de curtir um pouco de música reggea, ir aos bares locais com meu amigo Benson, e curtir a Premier League (liga inglesa) e a Liga dos Campeões, ambas as quais os africanos são fanáticos!
De Arusha segui em um pequeno vôo para a ilha de Zanzibar, majoritariamente mulçumana (assim como o resto da Tanzânia) e onde ecoa a todo tempo o desejo de independência do país, por parte da comunidade local.
Se em Arusha já pensava estar na Bahia, quando cheguei em Zanzibar tive certeza. A ilha é extremamente parecida com o litoral baiano em vários aspectos, o que foi muito agradável pelo fato de me sentir em "casa".
Comecei visitando o vilarejo de Paje, que estava vazio devido a baixa temporada. Dividi meu tempo entre a bela praia, e as noites no bar do Sr. Kokonate, um velho senhor bom de papo, e extremamente inteligente, que entre um e outro copo de Conhaque, me contou um pouco de sua vida e dos costumes locais desde sua época de adolescente, sem dúvidas dias de muito aprendizado, e um grande amigo que ficou pelo caminho.
Pequeno avião entre Arusha e Zanzibar
Conforto do Hostel em Paje
Aproveitando a tranquilidade de Paje
Sr. Kokonate
Encerrando minha passagem pela Tanzânia fiquei mais alguns dias no norte da ilha, em Nungwi, onde fui com um casal dinamarquês. Assim como Paje relaxamos na praia e curtimos algumas festas locais. Aproveitei também para fazer dois mergulhos na região com direito a vários peixes e algumas enormes tartarugas!
A primeira experiência na África foi sensacional. A Tanzânia é um país bonito e acolhedor. O continente como esperava é mais complicado para viajar que a Ásia, e requer mais atenção, mas nada que impeça bons dias por aqui! Ao citar que era brasileiro sempre ganhava o carisma local, e ouvia de volta: "Na copa vou torcer pelo Brasil!"
Sigo rumo ao Quênia para uma rápida passagem e em seguida para Etiópia, onde termina minha passagem pelo continente africano!